20.º Aniversário da Moeda Única Europeia (Euro) ComUnidade

A Casa da Moeda acabou de lançar, no dia 20 de outubro, a moeda comemorativa alusiva ao «20.º Aniversário da Moeda Única Europeia». Esta iniciativa decorreu no Museu do Dinheiro, em Lisboa.

Quase todos sabemos onde estávamos a 1 de janeiro de 2002, quando o euro substituiu os escudos no nosso quotidiano. Pagar um café ou comparar preços de imobiliário passou a exigir um exercício de conversão, mas os portugueses depressa se habituaram à mudança. Hoje, 85% da população é favorável à moeda única e não restam dúvidas de que ela é o mais ambicioso e bem-sucedido de todos os projetos europeus.

Embora o euro tenha começado a circular há duas décadas, a sua história remonta ao final dos anos 60, quando diversos membros da então CEE propuseram a união económica e monetária com vista a controlar a inflação e as taxas de juro. Porém, foi necessário alinhar visões políticas e ultrapassar obstáculos financeiros, pelo que só em 1991 se assinou o tratado que viabilizou a moeda comum. Em 1999, três anos antes de começar a circular nos nossos bolsos, o euro começou a ser usado para efeitos contabilísticos.

A designação «euro» foi escolhida em 1995, numa cimeira europeia em Madrid, e o símbolo do euro é inspirado na letra grega épsilon (Є) e na primeira letra da palavra «Europa». As duas linhas paralelas no meio representam a estabilidade. Ao contrário do que sucede com as notas, as moedas de euro têm uma face nacional que identifica os países que as cunharam. Em Portugal, a face nacional foi concebida pelo escultor Vítor dos Santos e nela figuram os selos reais de D. Afonso Henriques, rodeados por sete castelos e cinco quinas de Portugal.

A presente moeda comemorativa, com o valor facial de 5 euros, foi desenhada pelo artista plástico José Aurélio e ilustra as várias comunidades europeias que suportam o euro, enquanto moeda forte, capaz de competir com as outras moedas do mercado mundial. O euro é hoje a segunda divisa mais importante do mundo, sendo usado por 340 milhões de cidadãos em 19 países. A todo o instante, circulam mais de 29 mil milhões de euros em moedas (postas em fila, seriam suficientes para dar 64 voltas ao planeta).

Além de garantir estabilidade às economias e oferecer mais escolhas e oportunidades aos produtores e consumidores, como disse Mario Draghi, antigo presidente do BCE, «o euro é a representação mais tangível da integração europeia com que os nossos cidadãos se deparam todos os dias». A moeda única reflete a nossa coordenação económica, mas reflete sobretudo os nossos valores e metas comuns. Prova disso é a resiliência que o euro tem demonstrado perante diversas crises, e que certamente continuará a demonstrar por muito tempo.

Marcaram presença na sessão de lançamento, entre outros, Hélder Rosalino, administrador do Banco de Portugal, e Alcides Gama, membro do Conselho de Administração da INCM, que lembrou a importância da emissão de uma moeda comemorativa. Disponível nas nossas lojas.

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